domingo, 14 de novembro de 2010

Carta aos Estudantes


Você ta sabendo sobre a mudança de grade do seu curso? O que você sabe sobre essa mudança? Algum professor comentou sobre ela? E se comentou, você buscou saber dessa nova grade? Você opinou sobre o assunto? Você construiu?
Pra quem não sabe, colegiado é a instância que representa os professores E os estudantes, então VOCÊ TAMBÉM FAZ PARTE DO COLEGIADO! E as decisões tomadas nessa instância representam, ou deveriam, pelo menos, representar a opinião de todo curso a fim da melhoria do mesmo. (Observação: Qualquer estudante pode participar de reunião do Colegiado)
Em 2008, o Curso de COMUNICAÇÃO DA UESB foi reconhecido pelo MEC, e através de um debate entre professores e estudantes, uma nova grade curricular foi construída. Porém, a proposta virou papel de gaveta e só duas disciplinas foram agregadas ao currículo (Fotojornalismo e Jornalismo digital) – isso aconteceu para que o curso fosse reconhecido. Não foi reforma, foi reformulação, certo?
Depois de dois longos anos, o pessoal do MEC retornou a Uesb para uma avaliação conjunta do curso. Você se lembra, não é? A tensão rolou solta e ficou confusa a proposta dessa avaliação, uma vez que todos começaram a desabafar sobre conflitos ocorridos no curso. No meio da reunião, os professores anunciaram a formulação de uma NOVA GRADE CURRICULAR, a ser construída em parceria com os estudantes.
Depois da avaliação, foi avisado a alguns estudantes que se tirariam comissões de cada semestre para a construção da proposta.
Os dias passaram, as flores desabrocharam e os cachorros correram... Nenhuma comissão foi convocada. E no dia 21 de outubro deste ano, em reunião extraordinária do COLEGIADO com a presença de apenas 3 estudantes para debater a Semana de Comunicação, eis que surge a nova grade curricular do curso, e o mais interessante, estava concluída! Prontinha para ser aprovada.
Os professores, quando questionados, propuseram uma assembléia conjunta para mostrar a proposta com ementas e tudo que temos direito. Porém, assim como a história das comissões, também não teve assembléia com o corpo docente. No dia 11 de novembro, houve uma assembléia estudantil e lá foi tirado que seria necessária uma reunião com os professores no dia seguinte para esclarecimentos. E os estudantes foram atendidos.
Só um professor se mostrou disposto a realizar a reunião. As ementas não chegaram a ser apresentadas já que vários questionamentos se iniciaram só com a estrutura da grade. Porém diante das perguntas, foi mostrado aos estudantes que a falta de uma “organização legitimada” (o tão requisitado C.A.) impediria a crítica vinda dos mesmos.
Uma vez que a argumentação se fundamenta nisso, percebemos que a pluralidade do debate não é valorizada, nem querida. A inexistência de um centro acadêmico não impede o direito dos estudantes de expressão! A crítica não pode ser considerada infundada, o direito à participação e construção coletiva de nova grade curricular não pode, nem deve ser desrespeitado!
E ai vai deixar o assunto de lado? Vai deixar a grade descer guela abaixo?
Todos no mesmo barco, então rema!

8 comentários:

  1. Sim, os esatudantes fazem parte do Colegiado, entretanto, só podem votar se FOREM LEGALMENTE INSTITUÍDOS COMO REPRESENTATE DISCENTE - VIA C.A. Como o Coletivo desetruturou o C.A. e apossou-se do discurso discente (dizem-se democratas, mas, no fundo, se apegam ao poder e não promovem assembleia para resolver isso, então....), os ALUNOS DE COMUNICAÇÃO DA UESB, HÁ MAIS DE DOIS ANOS, NÃO ,POSSUEM REPRESENTAÇÃO DISCENTE. Por isso, eles não podem votar nas reuniões do Colegiado. Interessante que os alunos que formam esse Coletivo, que sempre reivindicam algo e reclamam dos professores sdão JUSTAMENTE AUQELES QUE NUNCA APARECEM EM SALA DE AULA!!!
    Então, VOCÊS IRÃO DEIXAR ESSE COLETIVO (?) DESCER GUELA ABAIXO?
    ORGANIZEM-SE. LUTEM CONTRA A TIRTANIA E A DITADURA DOS INCOMPETENTES!!!!!

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  2. Bem, o intuito desta carta não foi fazer uma crítica pela crítica, especular ou atingir pessoalmente professores e alunos. Sinceramente me espanta que um professor tenha uma atitude infantil desse nível. Engraçado que hoje numa tentativa de entrevista, nosso doutor nos disse que as suas opiniões “não interessam a ninguém, só interessam em sala de aula”. Imagine se assim não fosse... rsrs

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  3. como assim professor?

    se este coletivo está até hoje nas rédeas do que seria uma representação estudantil do curso de comunicação, é porque os próprios estudantes pouco se interessaram em modificar tal quadro. talvez o senhor não saiba, mas só neste semestre, a comissão eleitoral vigente convocou pelo menos 2 eleições para o C.A. de comunicação. nenhuma aconteceu, simplesmente porque ninguém inscreveu chapas dentro dos prazos.

    o senhor saberia disso se procurasse se comunicar com os tais tiranos incompetentes, ao invés de manter a recorrente e antiga postura distante do colegiado para com o corpo estudantil, especialmente a parcela que ainda se interessa em participar e discutir as estruturas e as atitudes nesta universidade, onde a politicagem se sobrepõe à academia.

    não faço parte de movimento algum nessa universidade, nem em lugar nenhum. contudo, eu conheço essas pessoas [que ao contrário do que o senhor sugere, são muito ativas nas atividades acadêmicas propostas e acessíveis aos alunos deste curso] e conheço o quão empenhadas elas são no incentivo da participação dos alunos nas discussões. ninguém deste grupo é perfeito [nem nunca teve intenção de parecê-lo] porém, pode-se culpá-los por completo pela falta de interesse geral do atual corpo discente da uesb? pode-se culpá-los pelo desencorajamento e desinteresse de boa parte do colegiado de comunicação pela representação estudantil de fato?

    é muito fácil apontar o dedo pra a suposta incompetência daqueles que ainda se propõem a fazer alguma coisa. eu, particularmente, sou a favor da reforma curricular e, inclusive, da proposta apresentada pelo colegiado. contudo, eu concordo com os ditos “incompetentes” que a postura do colegiado de total afastamento do corpo discente na elaboração e debate do projeto, apenas demonstra o quanto o colegiado [pelo menos desde meu ingresso a esta universidade] ainda insiste num relacionamento frio e distante com os estudantes.

    por que o colegiado então, ciente da dita “dificuldade” de organização do corpo discente, devido à DITADURA DOS INCOMPETENTES, não tomou a iniciativa e foi aos estudantes? convoquem assembléias, elas não servem justamente para isso? ou sei lá, talvez seja eu muito burro para compreender tais atitudes. que nada! muito mais divertido levantar a voz e LIGAR O CAPS LOCK pra chutar cachorro manco.

    é muito fácil também recorrer aos incompetentes quando a necessidade surge, mas nunca tomar a responsabilidade de ir lá e, como o professor sugere, derrubar os tiranos.

    como disse a bola, estamos no mesmo barco. mas quer saber? às vezes me pergunto se no caso deste curso, desta universidade, vale a pena remar. às vezes, especialmente por certas atitudes insolentes por todos os lados, me pergunto se não é melhor deixar o bafão comer solto e largar o barco direto na correnteza do inferno.

    remar pra que se quem toma a iniciativa é tirano e incompetente?

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  7. É tanto absurdo na fala de Marcus Lima que eu nem sei por onde começar responder!

    Prof, o coletivo não desestruturou o C.A. Oh gente, alguém avisa a ele que existe o tempo de um ano para a gestão. Após esse período, institui-se uma comissão eleitoral para que se forme um novo centro acadêmico. Estamos sem um até agora, pelos motivos que Lucas citou na sua resposta.

    Em momento algum das nossas conversas e da nossa carta, nós pedimos poder de voto. Sabemos que isso só pode ocorrer com a representação através de um C.A., mas o que estamos solicitando é o diálogo entre o colegiado e os alunos, para que de forma conjunta, possamos contruir uma grade curricular q de fato promova a melhoria no ensino e na formação dos futuros profissionais da comunicação.

    Dizer que nos apossamos do discurso discente e nos apegamos ao poder sem promover assembléias... Vc dá aulas em comunicação mesmo? Conhece de fato os alunos e o próprio coletivo de comunicação? Estranha essa sua afirmação viu querido prof! Somos estudantes e nessa condição podemos falar enquanto estudantes.

    Dizer tb que NUNCA APARECEMOS EM SALA DE AULA... Pega o nosso histórico escolar, olha as nossas notas, forneço o meu ao senhor. Além disso, participamos e promovemos discussões sobre o curso, sobre a comunicação e sobre a universidade. Promovemos o Erecom em Conquista, dentre outros tantos feitos. Observe tb que há alunos no coletivo que trabalham e ainda dão conta da universidade. Somos irresponsáveis mesmo né?

    Todo esse discurso proferido pelo senhor é algo usado toda vez que estudantes cobram algo do colegiado. A primeira atitude de vcs é tentar nos desqualificar.

    Mas vamos em frente, só tenha a certeza que enquanto atitudes como essa se repitam no curso, nós estaremos propondo discussões, questionando, criticando e propondo mudanças. Nossa crítica não é sem fundamento e não é feita apenas por oposição. Queremos uma melhoria para o curso, e acreditamos que só o diálogo entre professores e alunos irá promover esse avanço.

    Abraços

    Everton Santana

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  8. Quem não tem ciência do que diz, produz reações desnecessárias e lamentáveis.
    Esse discurso, professor, só alimenta o aspecto antidemocrático que essa reforma curricular apresenta. Convido você, professor, a construir coletivamente, e não a sectarizar os estudantes com agressões pessoais e infantis.

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